sexta-feira, 20 de maio de 2011

Addicted Fãs: Supernatural

Hoje vamos abrir uma exceção aqui no blog, a categoria Addicted Fãs irá ser postada toda quinta-feira, mas como hoje é o season finale de Supernatural, não poderíamos deixar de postar a participação da @allinnyfacts:

Divulgação
Supernatural - o martírio do encerramento de temporada

A série estrelada pelos irmãos Dean (Jensen Ackles) e Sam Winchester (Jared Padalecki), criada originalmente por Eric Kripke, diretor executivo junto com Bob Singer (nome que batiza um dos personagens permanentes da trama), encerra hoje 20/05, sua sexta temporada. Mas para a alegria dos fãs, o canal CW que produz a série, confirmou ainda no mês de abril, a renovação do contrato para a produção da sétima temporada.

A notícia é sem dúvida um alívio para nós que somos fãs incondicionais do enredo. Mas ainda assim, quem é fissurado no assunto sabe que só existe uma coisa pior que o encerramento ou cancelamento de uma série, é aguardar a estreia de uma nova temporada.

Então para que o sofrimento seja um pouco mais ameno, nos resta esquentar esse longo período de hibernação em que Supernatural entra a partir de amanhã. E como fazer isso?! Muito simples, é só a gente lembrar, falar, e discutir tudo o que acumulamos de SPN ao longo dessas seis temporadas.

Porque venhamos e convenhamos, de episódios “assustadorecos” (com ressalva a Bloody Mary), que permearam as duas primeiras temporadas da série, tamanho foi o deslocamento da trajetória do script. Não criticando o teor sobrenatural da coisa claro, mas destacando o crescimento da qualidade criativa do roteiro, apresentado desde a terceira temporada até aqui.

Para aqueles que em algum momento julgaram a série como clichê do terror, ou mesmo os que não conhecem sua história, tal qual ela está hoje, Supernatural tem mostrado um aumento significativo de expectativa positiva, junto aos fãs originais e outros que chegam agora, depois da consagração de público. Eu particularmente, diria que a receita do sucesso crescente de SPN é exatamente o controle da expectativa do público.

Ao contrário de outros seriados que prolongam ao máximo a trama, deixando o enredo cansativo e sem vasão para criatividade, e quase sempre, decepcionado no season finale, nossos garotos só surpreendem. Aquele aglomerado de histórias quase que independentes, tomou corpo e movimento, e resultou no desespero nosso de cada dia, que é aguardar episódio após episódio.

Além das amarras bem conduzidas entre os primeiros episódios e o atual contexto da série, vale um destaque todo especial para o diálogo entre os personagens. Se você logo pensou na dupla protagonista, lá vai a minha observação: o que são os diálogos ente Castiel e Dean?! Superam a todos os outros (que não são quaisquer outros).

Afinal, há certas barbaridades que não imaginamos que poderiam ser proferidas por um anjo, do mesmo modo, sinceridades que o senso comum não permite imaginar sendo ditas por um demônio. Por essas e outras, assistir Supernatural é se permitir construir uma visão no mínimo, questionadora.

A série traz ainda, um estilo tragicômico de humor que talvez impere até mais, do que o próprio terror, e que de trágico e de cômico não tem nada. É na verdade apenas uma tradução realista do mundo, que a maioria das pessoas não se permite ver ou aceitar. Aquilo de transformar o inferno em uma fila foi fenomenal. É tão óbvio!

E como não é só de história que sobrevive um seriado, mas também de interpretação, tenho dito, de caçadores de criaturas a salvadores do mundo, os personagens incorporados (não literalmente, por obséquio) pelos atores Jensen e Jared, não deixam nada a desejar. A maturidade conquistada com a interpretação dos um tanto quanto deturpados, heróis Winchesters, é notória.

Eles que são o terror dos terrores (no sentido mais estrito), que num dia libertam o diabo, no outro impedem o apocalipse, conseguem ainda, em meio a um vampiro e outra fadinha do mau, difundir até valores familiares. São de uma fé inesgotável na capacidade das pessoas e no bem estar do mundo (não incluamos o Divino aqui). Os irmãos sacrificam sua vida pessoal em virtude dos desconhecidos e lutam por um mundo que não conhecem, e por uma realidade que nunca viveram.

Mas seguindo nessa perspectiva de vida, Sam e Dean desconhecem ou ignoram as correlações entre fatos e atos como crime e heroísmo, o bom e o justo, o certo e o necessário, o possível e o improvável. Importante é permanecer, não em estado imóvel, mas contínuo, de preferência sobre quatro rodas muito especiais. Mantendo o legado de toda uma vida, da família Winchester.

E o quê, de produtivo e de real Supernatural oferece?! Bem, além da diversão, do arrepio e da aventura, um velho e piegas ensinamento: quando nos depararmos com uma encruzilhada, podemos escolher ir pela esquerda ou pela direita, ou podemos escolher o caminho de volta, mas o principal é que podemos mesmo, de verdade e sempre “escolher”.

Nessa última temporada notei certa dispersão entre os episódios e até mesmo entre os personagens. Mas me arriscaria a dizer que de um modo proposital e inteligente, os escritores do seriado, nos permitiram valorizar mais, não apenas os irmãos Sam e Dean, mas todos os outros que juntamente a eles, promovem o sucesso da série, tanto em nível de personagens, como de intérpretes. Acho que quiseram nos chutar para a próxima temporada! 

Supernatural é sétima arte!!!

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