quarta-feira, 25 de maio de 2011

Final de temporada fantástico, mas horizontes nebulosos em House M.D.

Foto: Divulgação
O último episódio foi como um carro invadindo sua sala de jantar.

A season finale de House, exibida na última segunda-feira nos EUA, sintetiza o espírito de um dos personagens mais cativantes dos últimos anos na televisão.

Foi caótico, e em muitos sentidos. Muitos fãs sentem, e pela primeira vez quando falamos em House M.D., uma insegurança quanto ao futuro da série que caminha para sua oitava (e possivelmente última temporada) e o roteirista David Shore, criador da série, se disse ‘cansado’ de escrever sobre os dramas pessoais de Gregory House.

Aliado a isso, a saída de Lisa Edelstein, que interpreta a Dra. Cuddy, deixou muitíssimos fãs contrariados, já que o romance entre a personagem e o médico ranzinza era um dos fios condutores da história. Muitas reclamações chegam aos produtores da série, algumas reivindicando uma renegociação com a atriz, algo que parece distante agora.

Mas tudo isso tem de ser posto de lado para que encaremos o último episódio da sétima temporada, porque ele nos mostrou mais uma vez que deste seriado podemos esperar tudo, menos o óbvio. Se você ainda não viu o episódio e não quer estragar a surpresa, aqui é o momento de ler outros tópicos do blog.
O nome do episódio é “Moving On” e já no início temos o motivo de tal nomeação... “Eu não quero ver Gregory House pisando em minha casa ou meu hospital de novo, e se isso acontecer quero ele preso”. A frase de Cuddy poderia se perder no meio tantas outras semelhantes proferidas em inúmeros outros momentos da série, mas sua face, seu tom de voz e principalmente seu interlocutor (um oficial de polícia) mostram que desta vez House passou dos limites, se é que alguma vez ele esteve dentro deles.

Com um flashback de 3 dias, o episódio mostra House, se recuperando de uma insana autocirurgia e tratando de uma paciente tão obsessiva quanto ele próprio, ao passo que enfrenta tentativas de discussão sobre sua situação por parte de seu amigo, Wilson e de Cuddy, que acha que o comportamento destrutivo do médico advém do fim de seu relacionamento. 

Mas House não liga, nem sente raiva, nem dor, nem frustração tudo graças ao companheiro fiel, o Vicodin. O uso do medicamento está cada vez mais abusivo, e aí, alguma vez nosso protagonista já ligou para isso? 

Os dias passam no episódio e Cuddy força uma “discussão da relação” com House, o médico se enfurece e diz que ela não é a culpada e que não deveria achar que tudo que ele faz é pra chamar sua atenção. Tudo muito repetido, quase um review das temporadas anteriores todas condensadas, um sinal de que teríamos um season finale fraco? Nem pensar. 

A surpresa fica por conta da seqüencia final, lembra do policial ao qual Cuddy relatava seu ódio à House? Nos momentos finais entendemos sua presença e temos todas as nossas expectativas esmagadas mais uma vez, foi emocionante, foi supreendente, foi HOUSE. Eu não sei como a oitava temporada vai ser, como os problemas de elenco vão se resolver, mas ver esse episódio foi como ter sido atingido em cheio, ah foi.


Por: Rodrigo Correia

Um comentário:

  1. Adorei o post, aliás, como todos os outros. Gosto da democracia dos estilos que vocês abordam e especialmente dos textos. Parabéns pessoal!

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